sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Hebreus


A civilização hebraica

Povo nômade, que vivia se deslocando em busca de uma terra melhor para plantar. Os Hebreus em Canaã, atual Palestina por volta de 2000 a.C; constituindo tribos autônomas chefiadas pelos Patriarcas (chefes dos clãs).
A história do povo hebreu apresenta-se dividida em períodos como veremos:

I- A era dos patriarcas
Segundo o Antigo Testamento, Abraão foi primeiro patriarca hebreu. Depois dele, os patriarcas foram Isaac e Jacó ( ou Israel). Jacó deixou 12 descendentes que deram origem as Doze Tribos de Israel. Fugindo de conflitos com os filisteus e cananeus, foram para o Egito onde se tornaram escravos, só se libertando com o patriarca Moisés, no chamado Êxodo.

II- A era dos juízes
Na disputa pela posse das terras palestinas, os hebreus criaram os juízes, chefes militares-religiosos, dos quais destacou-se Sansão e Samuel.

III- A era dos reis
As tribos hebraicas acabaram unindo-se e organizando a monarquia, cujos os reis foram Saul, Davi e Salomão. No entanto, com a morte do rei Salomão, os hebreus se dividiram em dois reinos: o de Israel, formado por dez tribos e capital em Samaria; e o de Judá, com duas tribos e capital em Jerusalém. Esta cisão, ocorrida em 929 a.C foi chamada de “Cisma Hebraico”. Essa ruptura acabou favorecendo as incursões estrangeiras. Sob a dominação romana, a exploração e opressão motivaram os hebreus a abandonarem a Palestina, originando a “Diáspora hebraica” no século I d.C.
Neste momento de separação, aparece a crença da vinda de um messias que iria juntar o povo de Israel e restaurar o poder de Deus sobre o mundo.

Um novo estado de Israel
Somente em 1948 foi recriado um estado hebraico, após a Segunda Guerra Mundial para “amenizar” as atrocidades cometidas ao povo judeu, o Estado de Israel, por decisão da ONU, originando diversos conflitos com os árabes que estavam estabelecidos nas regiões, e isto perdura até hoje.

sábado, 26 de novembro de 2011

Fenícia


A civilização Fenícia
Instalados nas costas do Mediterrâneo, entre a civilização mesopotâmica e egípcia, os fenícios foram essencialmente marinheiros e comerciantes. Várias circunstâncias levaram os fenícios ao comércio marítimo: o pequeno tamanho de seu território; sua proximidade geográfica com o Egito, ponto de parada das caravanas vindas da Mesopotâmia; a costa, que oferecia lugares abrigados para bons portos; os cedros, principal riqueza dos fenícios, e que eram usadas na reconstrução dos navios.
1. Como o comércio exigia um sistema eficaz de registro escrito, os fenícios inventaram uma escrita mais simples do que a escrita cuneiforme da Mesopotâmia e do que os hieróglifos do Egito. O alfabeto fenício compõe-se de vinte e dois sinais, que correspondem às vinte e duas consoantes fenícias. Mais tarde os gregos adotaram o alfabeto fenício, completando-o com as vogais. Esse foi o alfabeto adotado também pelos romanos, com modificações.
2. Os fenícios nunca tiveram um governo centralizado. Seu território era composto de um grupo de cidades-estados, independentes uma das outras e frequentemente rivais. As cidades mais importantes eram Biblos, Arad, Sídon e Tiros, que comerciavam com o Egito trocando madeira por papiro, uma espécie de papel fabricado pelos egípcios. Por isso os gregos chamavam de biblos os rolos de papiro e, por extensão, o próprio livro.
3. A sociedade fenícia era organizada em castas e constituída de sacerdotes, aristocratas, comerciantes, homens livres e escravos. As cidades-estados eram governadas por uma monarquia, na o rei governava assessorado por um conselho formado por representantes dos comerciantes.
4. Na religião, os fenícios ficaram conhecidos pelo seu amplo interesse nas práticas animistas, ou seja, a adoração às árvores, montanhas e demais manifestações da natureza. A Grande Mãe e Baal (deus protetor) eram as duas divindades do universo religioso fenício. Geralmente, os rituais eram executados ao ar livre e incluíam a realização de sacrifícios, sendo que alguns destes sempre contavam com a oferenda dos seres humanos.

segunda-feira, 25 de julho de 2011

A MESOPOTÂMIA


As civilizações do Crescente Fértil
Mesopotâmia
A região pertencia ao chamado Crescente Fértil, situando-se entre os rios Tigre e Eufrates. A própria palavra Mesopotâmia significa “região entre os rios” e sua área é definida pela nascente dos rios nas montanhas da Armênia, até a desembocadura no Golfo Pérsico. Atualmente, a Mesopotâmia corresponde ao território ocupado pelo Iraque.
A Mesopotâmia não possuía proteções naturais (como o Egito, por exemplo, que é cercada por desertos), fato que facilitava o acesso de vários povos à região. Este dado explica o caráter extremamente agitado de sua história política, caracterizado por sucessivas invasões, guerras, ascensão e declínio de diversos reinos e impérios.
Os principais povos que viveram na Mesopotâmia foram:
v  Sumérios (4.000 a.C): fundaram as primeiras cidades-estados do mundo. Criaram a primeira escrita, chamada de cuneiforme.
v  Acadianos: chegaram na Mesopotâmia em 2.300 a.C comandados pelo rei Sargão I.
v  Amoritas: comandados pelo rei Hamurábi da Babilônia, fundou o primeiro “Império Babilônico”, e o primeiro código de leis que se tem notícias – chamado “ Código de Hamurábi”.
v  Assírios: povo conhecido pela sua violência, seu mais importante rei foi Assurbanipal, que conquistou o Egito e criou a biblioteca de Nínive.
v  O segundo Império Babilônico: os assírios foram derrotados por revoltas internas, e pelos povos caldeus e medos. A Babilônia volta ser uma cidade importante, e sob o reinado de Nabucodonosor constroem os “Jardins Suspensos da Babilônia


 Na religião eram “politeístas” e, diferente dos egípcios não acreditavam na vida após a morte, apenas nas ações da natureza. 

O EGITO ANTIGO



As civilizações do Crescente Fértil
 O Egito
O povo africano vivia nas margens do rio Nilo. As enchentes do Nilo fertilizavam o deserto e possibilitavam a agricultura. Por isso, o Egito era uma “dádiva do Nilo”. Os egípcios construíam pirâmides, que serviam de túmulos para os reis. Sua escrita elegante, com desenhos vistosos (hieróglifos), era posta nos papiros (folhas feitas da planta papiro). O “Estado” era muito poderoso e o faraó (rei), era considerado um deus na Terra. A sociedade estava dividida em dois grandes grupos sociais: os privilegiados (nobres, sacerdotes, escribas e funcionários administrativos) e os não-privilegiados (soldados, artesãos, camponeses e escravos).

A economia egípcia era baseada principalmente na agricultura que era realizada, principalmente, nas margens férteis do rio Nilo. Os egípcios também praticavam o comércio de mercadorias e o artesanato. Os trabalhadores rurais eram constantemente convocados pelo faraó para prestarem algum tipo de trabalho em obras públicas (canais de irrigação, pirâmides, templos, diques).
A civilização egípcia destacou-se muito nas áreas de ciências. Desenvolveram conhecimentos importantes na área da matemática, usados na construção de pirâmides e templos. Na medicina, os procedimentos de mumificação, proporcionaram importantes conhecimentos sobre o funcionamento do corpo humano.

A religião desempenhava um papel muito importante na vida das pessoas, deixando marcas em quase todos os setores: na arte era uma expressão do simbolismo religioso; na literatura e na filosofia estavam repletos de ensinamentos religiosos. Quando as pessoas morriam, eram embalsamadas (o cadáver era tratado para não apodrecer) para assim voltarem futuramente, pois os egípcios acreditavam na vida após a morte, este processo era chamado de mumificação. 

AS CIVILIZAÇÕES DO CRESCENTE FÉRTIL


I – As primeiras civilizações
 1- Surge às cidades
Os primeiros passos da História, após a invenção da escrita, foram dados pelos povos que viveram no Oriente Médio, em solos férteis e bastante propícios à agricultura. Foi ai que os homens passaram a ter uma existência mais sedentária, uma vez que as plantações necessitavam de tempo para se desenvolverem. Os agricultores, então, construíram as primeiras vilas, das quais nasceram as primeiras cidades.
Nas cidades, enquanto alguns dos novos “cidadãos” cultivavam a terra, outros se especializavam nos ofícios, utilizando técnicas de metalurgia recentemente desenvolvidas. Outros detinham o poder governamental, e os sacerdotes começaram a registrar por escrito os acontecimentos.

2- O berço das primeiras civilizações
O Egito, a Mesopotâmia e o corredor sírio-palestino constituem o chamado Crescente Fértil, que pode ser considerado o berço das primeiras civilizações.
O “Crescente Fértil” estende-se em arco desde o sudeste do Mediterrâneo até o Golfo Pérsico, incluindo em parte ou totalmente, o atual Egito, Líbano, Israel, Jordânia, Síria, Turquia e Iraque.
Nessa região, as condições naturais – principalmente a existência de rios-favoreceu o aparecimento de civilizações agrícolas. As terras férteis da região propiciaram a fixação de tribos nômades e impulsionaram o desenvolvimento da agricultura, baseada na irrigação, principalmente no Egito e na Mesopotâmia. 

segunda-feira, 6 de junho de 2011

A IDADE MÉDIA

O surgimento da vida na Terra.


Segundo alguns cientistas a Terra apareceu há cerca de 04 bilhões e 600 milhões de anos, mas a vida só surgiu nela a cerca de 03 bilhões e 500 milhões de anos. Sendo que, as primeiras formas de vida surgiram ao acaso, quando moléculas muito complexas começaram a combinar, e ainda assim eram criaturas de apenas uma única célula (unicelulares).
I- As teorias sobre o surgimento da vida na Terra
Existem algumas teorias sobre o surgimento da vida na terra. Diferente do que muitas pessoas pensam os “indígenas” tem uma forma peculiar de contar a origem da vida, bem como a contado pelos povos africanos. Mas, entre as mais conhecidas estão: a Teoria da evolução das espécies e a Teoria Criacionista.
۞ A Teoria da Evolução das espécies:
A explicação sobre o surgimento da vida na Terra foi ensaiada por muitos teóricos, mas um dos que mais chamou a atenção foi o cientista inglês Charles Darwin (1809-1882). Ele provou que ao longo de milhões de anos todas as espécies de seres vivos se transformaram, ou seja, evoluíram. Algumas espécies não conseguiram sobreviver e extinguiram-se. Outras espécies foram evoluindo, ou seja, foram se modificando através de milhões de anos.
۞ A Teoria Criacionista:
O lado religioso sempre deixou intrigado o homem em relação ao surgimento da vida na Terra. Algumas escolas até mesmo, colocam como a Teoria criacionista a principal formadora de opinião para o início da vida na Terra, desmerecendo as teorias cientificas. Segundo relatos da Bíblia sagrada Deus teria criado o universo, o mundo e toda sua vida em sete dias. Após isso, teria dado vida aos primeiro homem e mulher, Adão e Eva. Na qual, somos seus descendentes.

A PRÉ-HISTÓRIA


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A evolução da espécie humana




Há cerca de 32 milhões de anos surgiram os primatas. Nos dias atuais, os macacos e seres humanos são considerados primatas. E, há sete milhões de anos, os primatas começaram a evoluir para duas espécies diferentes. Uma parte deles teve descendentes que deram origem aos macacos. Outra parte desses primatas teve descendentes que evoluíram até se tornarem a espécie humana. Por tanto, não é verdade que o ser humano evoluiu a partir do macaco. O que acontece é que seres humanos e macacos têm um antepassado em comum.
O homem evoluiu de sua forma mais primitiva- o Australopithecus que habitou o planeta há mais de 3 milhões de anos na África, evoluindo para o Homo habilis- inventou as primeiras ferramentas e viveu há cerca de 2 milhões de anos. O homo erectus (da qual descende o gênero humano) já era um hábil caçador e viveu há aproximadamente 1 milhão de anos. Passamos ainda por espécies intermediárias como o Homo de Neanderthal e o Homem de Cro-Magnon até chegar à espécie humana atual, há no mínimo 500mil anos.

Os períodos da pré-história:
1- Paleolítico
Período caracterizado pelo uso de utensílios elaborados a partir da pedra lascada. Nesse momento, o ser humano era nômade, ou seja, ele se deslocava para lugares onde pudesse sobreviver, subsistindo a partir da coleta, da caça e da pesca. Constituía comunidades onde predominava a predominava a propriedade coletiva dos meios de produção. Foi durante o paleolítico que o homem chegou à América.
2- Neolítico
Período marcado pelo processo de sedentarização da espécie humana, ou seja, o homem começa a se estabelecer na terra para poder acompanhar sua produção agrícola. A partir do domínio sobre técnicas agrícolas e da criação de animais, formaram-se os primeiros núcleos urbanos e deu-se a organização das tribos, que correspondem a formações sociais mais complexas.
3- Idade dos metais
Período em que o ser humano, aperfeiçoando técnicas de metalurgia, conseguiu elaborar instrumentos de trabalho e armas. Com isso, algumas pessoas passaram a deter a hegemonia sobre outros, e as sociedades dividiram-se em classes sociais.

domingo, 8 de maio de 2011

O homem e o tempo




“Para que serve estudar a história?”
Perguntas como essa sempre passam pela cabeça dos nossos alunos, então se procura respostas as estas e outras questões que através da analise dos fatos.
I- Conceito de História.
A História é a uma ciência que estuda o passado da humanidade. O objetivo da História é a responder a perguntas como: o que realmente aconteceu no passado? Por que aconteceu de uma maneira e não de outra? Ou seja, a ciência história procura descobrir o que aconteceu no passado e tenta explicar os motivos que levaram a vida de homens e mulheres a mudar tantas vezes ao longo dos séculos.
Estudar o passado ajuda a entender melhor o presente, o que esta acontecendo agora. Portanto, a história é também ma ciência do presente.
II- Os instrumentos da história:
v  Fato social: são fatos que alteram a vida de muitas pessoas, acontecimentos que afetam toda a sociedade.
v  Fontes históricas: é todo vestígio deixado por pessoas que viveram em tempos passados: escritos oficiais e particulares, construções, cartas, depoimentos, pinturas etc. Vestígios se tornam documentos a partir do momento em que o historiador os estuda. Por meio desses documentos o historiador produz o conhecimento histórico.
v  Fato histórico: são fatos marcantes que alteram a cultura, a vida social, a economia de povo.
III- O papel do historiador
O historiador é um “investigador”. Ele analisa as fontes e os fatos históricos, para então “recontar” o que aconteceu no passado. Eles fazem parte dos estudiosos das ciências humanas e analisam as pessoas em sociedade, a partir de diferentes vestígios ou marcas preservados ao longo do tempo, ao logo da história.   
O historiador para realizar o seu trabalho precisa em muitos casos recorrer ao saber elaborado por vários pesquisadores, muitos deles dedicados a outras áreas do conhecimento, como a arqueologia, antropologia, a sociologia, a geografia e a economia.
Existe, assim, uma interdependência entre o trabalho do historiador e o de outros pesquisadores. A História, ela faz parte de um todo, cujo objetivo é estudar o ser humano e sua vida ao longo do tempo.      

quarta-feira, 27 de abril de 2011

História do Amapá: o inicio da colonização

História do Amapá
 Origem do nome
A origem do nome do Estado é controversa. Na língua tupi, o nome “Amapá” significa “o lugar da chuva”: ama (chuva) e paba (lugar, estância, morada). Segundo a tradição, porém, o nome teria vindo do nheengatu – língua geral da Amazônia, uma espécie de dialeto tupi jesuítico – significando “terra que acaba” ou “ilha”. Segundo outros, a palavra “Amapá” é de origem nuaruaque ou aruaque, pertencente a mais extensa das famílias lingüísticas da América do Sul, dos habitantes da região norte do Brasil ao tempo de seu descobrimento e identificaria uma árvore da família das Apocináceas. A árvore produz um fruto saboroso, em formato de maçã, de cor roxa, que é parte da farmacopéia amazônica. Da casca do tronco dessa árvore, o Amapá (Harconia amapá), típica da região e cujo desenho está no brasão do Estado do Amapá, é extraído o látex (chamado leite de Amapá) usado na medicina popular como fortificante, estimulante do apetite e também no tratamento de doenças respiratórias e gastríte. Popularmente conhecida como “amapazeiro”, a espécie encontra-se ameaçada, dada a sua exploração predatória para a extração da seiva.

 O inicio da colonização
Durante o período colonial, os minerais preciosos, as madeiras, as drogas do sertão, o cacau e cana-de-açúcar foram os principais produtos explorados na colônia. As primeiras etapas de ocupação colonial pelos portugueses a partir do século XVI se concentrou apenas no litoral para a “monocultura da cana-de-açúcar”.
No período da União Ibérica (1580-1640), os colonizadores aproveitaram para penetrar no interior do território,e é nesse contexto que a Amazônia também passa a ser alvo dos movimentos de expansão territorial.

1- Concessões feitas por Portugal e Espanha

As concessões e explorações da América foram autorizadas pelos portugueses e espanhóis somente em 1494 pelo Tratado de Tordesilhas. Segundo este documento as terras do Amapá ficavam dentro da área pertencente à Espanha. No final do século XV os espanhóis, com intuito de melhor conhecer as terras que pelo Tratado lhes pertencia, enviaram para cá alguns navegadores. Somente no século XVI tanto os espanhóis quanto os portugueses começaram a promover as famosas concessões.

1.1- Os primeiros navegadores
a )Américo Vespúcio
Segundo cartas náuticas do navegador Américo Vespúcio, em 1499 ele teria percorrido o litoral amapaense passando pelas ilhas de Caviana e ilha dos porcos, as quais hoje se sabe fazem frente aos municípios de Macapá, Santana e Mazagão. A carta relata toda a sua viagem feita por toda a costa brasileira e pelo continente americano.
b) Vicente Yanês Pizón
A costa do Amapá foi novamente visitada pelo navegador Vicente Pinzón em 1500, ele passou pela foz do Amazonas e chegou à boca de um grande curso d’água na qual foi batizado de rio Vicente Pinzón. Sua identificação com Oiapoque daria ao Brasil ganho de causa na questão dos limites com a Guiana Francesa em 1897.
c) Francisco Orellana
Em 1544, Carlos V (rei da Espanha) resolveu fazer a primeira concessão de terras. Premiou o explorador Francisco Orellana o qual, partindo do Peru, teria navegado pelo rio Amazonas e litoral amapaense. Ele recebeu uma área de terra com o nome de Adelantado da Nueva Andaluzia – primeiro nome oficial dado às terras que hoje formam o estado do Amapá. Apesar de ter recebido esta doação, não chegou a assumir as terras pois morreu em um naufrágio.
d) Luiz de Melo e Silva
Em 1553 Dom João III (rei de Portugal) fez a segunda concessão da Nueva Andaluzia ao explorador português Luiz de Melo e Silva. Ele percorreu a região, navegou pelo litoral amapaense e seguiu em direção ao norte, alcançando as Guianas. Apesar dessa nova tentativa de posse, a expedição não obteve êxito, foi atacada e destruída pelos nativos da região. Melo e Silva morreu durante os confrontos.

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A FORTALEZA DE SÃO JOSÉ DE MACAPÁ


As questões fronteiriças fez com que os colonizadores portugueses se preocupassem em construir várias fortificações na região do Amapá. Entres as mais importantes construções esta a Fortaleza de São José de Macapá.
Em 1751, foi nomeado governador do Estado do Grão-Pará e Maranhão Francisco Xavier de Mendonça Furtado. Ele informou ao rei D.João I a necessidade de fortificar Macapá e com isso, resolver a questão dos limites com os franceses que não respeitavam o rio Oiapoque ou Vicente Pizon como fronteira entres os territórios português e francês.
Apesar dos esforços de Mendonça Furtado seu projeto não foi adiante, pois teve que retornar a Portugal. A obra só foi iniciada em 29 de janeiro de 1764 pelo então governador do Grão-Pará e Maranhão Ataíde de Teive e juntamente com o engenheiro Henrique Galúcio lançaram a pedra fundamental da fortaleza.
Do início do projeto até sua inauguração decorreram 18 anos. A mão de obra era composta pela corporação do exército, engenheiros, mestres de ofício, além da mão de obra compulsória (escrava), representada em sua maioria por índios capturados na região, e de negros africanos.
O engenheiro Henrique Galúcio faleceu em decorrência de uma malária em 1769 sem ver sua grandiosa obra ser concluída. Com todos os contratempos a fortaleza foi inaugurada em 19 de março de 1782, mesmo sem terem sido concluídas diversas obras no mais imponente e belo monumento militar do período colonial.

Texto baseado em:
MORAIS, Paulo Dias.
O Amapá na mira estrangeira: dos primórdios do lugar ao laudo suíço/
ROSÁRIO, Ivoneide Santos do. MORAIS, Jurandir Dias.Macapá-Ap: JM editora, 2003.

terça-feira, 22 de março de 2011

A formação da cidade de Macapá



          Alguns fatos relatam como iniciou a formação da cidade de Macapá e, dá-se inicio após o primeiro Censo de Macapá, resultando numa contagem de 2.532 pessoas. A população fica estável durante 29 anos, aumentando apenas 18 habitantes.
Em 1833 a Província do Pará fica dividida em comarcas, mas Macapá não perde a categoria de vila, ficando o município de Mazagão anexado ao seu território, apesar dos protestos da Câmara dos Vereadores.
           Em 1835 a vila se envolve no conflito da Cabanagem. Os macapaenses, entretanto, não apoiam o movimento cabano. Em 1840, com a vitória das tropas legalistas e a retomada de Belém pelas tropas fiéis a D. Pedro, a situação se normaliza também em Macapá.
As constantes tentativas de colonização de Macapá, seja por intermédio da Província do Pará, seja pelo movimento migratório intensificado a partir da descoberta do ouro no município de Calçoene, fizeram com que as autoridades da vila se empenhassem em divulgar, em outras regiões, que a pequena comunidades poderia ganhar mais autonomia. A descentralização governamental poderia ajudar nos destinos da vila e até mesmo colaborar na defesa da comunidade contra quaisquer elementos etiológicos. Inúmeros apelos, feitos pelos políticos do Congresso Nacional, com ideias as mais diversificadas de emancipação da região, foram levantadas. Exemplo disso é o projeto do senador do Império, Cândido Mendes de Almeida, que em 1853 propõe ao Senado um projeto de criação da Província de Oiapoque, cuja capital seria Macapá, com abrangência territorial de Mazagão. O projeto, apesar de ter tramitado por vários meses, não encontra apoio no Império, nem entre os políticos. Mas as tentativas continuam até que em 6 de setembro de 1856 o Governo Provincial, atendendo ao apelo de políticos de renome nacional, projetou Macapá à categoria de cidade (Lei Provincial nº 281) e foram realizados inúmeros estudos visando a emancipação territorial de todas as terras do Amapá, já que a distância geográfica era o pior empecilho para um desenvolvimento mais dinâmico. De qualquer maneira Macapá atinge a maioridade em 1856, quando ganha a denominação político-administrativa de cidade.
          A instalação da nova cidade se dá em 12 de setembro do mesmo ano.Sobre esse período as informações são muito escassas. Constantes incêndios e outras formas de deterioração provocadas se observam até mesmo no período da Intendência. O mais famoso deles é o ocorrido nos arquivos da antiga Intendência de Macapá, durante o governo municipal do primeiro prefeito, Jacinto Boutinelly. Um homem de caráter ríspido e pouco recomendável, Jacinto é suspeito de ter ateado fogo ao prédio, provocando o desaparecimento de parte dos documentos que poderiam testemunhar e registrar o desenvolvimento histórico deste período (1895 a 1932).
          Um grande movimento político passou a se constituir no Congresso Nacional, onde personalidades de renome como Janary Nunes pleiteavam a formação de territórios federais, principalmente na Amazônia. Em 1943 o projeto de criação dos territórios federais se torna realidade.O presidente da República, Getúlio Vargas, a partir do decreto-lei nº 5.812, estabelece a criação dos territórios de Rio Branco (Roraima), Guaporé (Rondônia), Iguaçu e Amapá.
          Com a criação do Território Federal do Amapá, o município de Amapá, através do Decreto-Lei nº 5.839, passa a ser a nova capital do Território. A distância geográfica fez com que o primeiro governador, Janary Nunes, trocasse a capital do Amapá para Macapá, em razão do grande desenvolvimento na cidade e da proximidade estratégica com Belém (Pará), considerada, já a esse tempo, a porta de entrada da Amazônia.
          O decreto presidencial nº 6.550 veio confirmar Macapá como capital do então Território Federal do Amapá. Em 5 de outubro de 1988, por ocasião da promulgação da nova Constituição, é ratificado o nome de Macapá como capital do novo Estado do Amapá.