domingo, 28 de outubro de 2012

A CIVILIZAÇÃO GREGA

A Civilização Grega
 A Grécia Antiga situava-se na Península Balcânica, ao sul do Continente europeu, entre os mares Egeu, Jônico e Mediterrâneo. A região dos Bálcãs denominava-se Hélade e os gregos eram chamados de helenos. Ao longo do tempo, os gregos conquistaram a costa da Ásia Menor e inúmeras ilhas da bacia mediterrânica, formando um poderoso império.
 A Grécia, de terras pouco férteis, possui muitas montanhas, o que ocasiona o isoladamente das diversas regiões, devido à dificuldade de comunicação. A costa, por seu turno, é bastante recortada, com muitas ilhas e bons portos naturais, o que facilita a navegação. 
Assim, a Península Balcânica apresenta características geográficas que, na Antiguidade, influenciaram fortemente a sua vida econômica, favorecendo o expansionismo comercial e marítimo em detrimento da agricultura.
 1- Formação e Evolução Política 
Os primeiros habitantes da Península Balcânica, chamados de pelasgos, fixaram-se na região durante o período neolítico. A partir do ano 2000 a.C., a península foi invadida por vários povos de origem indo-europeu- os arianos, habitantes das regiões situadas entre a Índia e a Europa.
 Os aqueus foram os primeiros a invadir a região, por volta de 1.400 do a.C., sendo seguidos pelos os eólios, jônios e dórios. O povo grego é, assim, resultado da miscigenação entre pelasgos e indo-europeus. 
• A civilização cretense 
Perto do segundo milênio antes de Cristo, a Península Balcânica era dominada pelos cretenses, os quais imprimiram profundas marcas na vida cultural da Grécia Antiga. 
A civilização cretense desenvolveu-se a partir de 2000 a.C., na ilha de Creta, situada no mar Egeu, podendo, por isso, ser também chamada de civilidade egeia.
 Por volta de 1400 a.C., Creta foi invadida pelos habitantes do norte da Península Balcânica, os aqueus, que destruíram Cnossos e estabeleceram sobre a região dos Bálcãs o domínio da mais importante cidade Micenas.
 • O período Homérico
 Este período é assim chamado porque a maioria das informações sobre ele provém de duas obras atribuídas ao poeta Homero: a Ilíada (narrativa da Guerra de Tróia) e a Odisséia (narrativa das aventuras de Ulisses, ou Odisseu, o rei de Ítaca). 
O período Homérico tem início a partir da invasão dos dórios, que ocasionou a fuga de muitos gregos para o interior da Península Balcânica e também para a Ásia Menor. Essa dispersão denomina-se Primeira Diáspora Grega. Os que se dirigiam para o interior organizaram-se em grupos familiares chamados genos. Nos genos o interesse coletivo predominava sobre o individual. Mas isto não durou muito, as disputas por terras acabou gerando o descontentamento da população dos genos, o que causou a Segunda Diáspora Grega.
 • O surgimento das pólis 
No processo de desestruturação das comunidades gentílicas, os que permaneceram foram subjugados pelos eupátridas (“os bem-nascidos”, elite proprietária de terras). Estes, visando garantir o controle sobre os meios de produção e sobre a população local, organizaram-se em fratrias, cuja reunião deu origem às tribos. Da congregação de várias tribos surgiu o demos, que, em grego, significa “povo”. 
As pólis, em sua maioria preservaram seu caráter aristocrático. Algumas delas, porém, devido à ocorrência de intensas lutas sociais, tiveram de alterar o sistema de participação da população nas decisões relacionadas com a administração. Isto originou a democracia, que permitiu a atuação de um número maior de categorias sociais, dando início a um novo período, chamado de período Clássico. 
Esparta e Atenas foram às cidades-estados que mais se destacaram nesse período: a primeira, aristocrática e conservadora; e a segunda, democrática e progressista.

 • As cidades-estados e as formas de governo 
No Egito e na Mesopotâmia, nas grandes regiões banhadas pelo Nilo e pelo Eufrates, era fácil sujeitar uma população a um governante único. Na Grécia, porém, onde cada cidade era separada das outras pelas montanhas ou pelo mar, era quase impossível manter um controle centralizado. 
Assim, os gregos foram os primeiros a experimentar as seguintes formas de governo:
  Monarquia: forma de governo em que o rei governa sozinho ou com um conselho de nobres. O rei era o sumo sacerdote, comandava o exército e distribuía a justiça. 
Aristocracia: sistema em que os nobres assumiam o poder dos reis. Quando morriam, os filhos os substituíam no poder. 
Oligarquia: governo de poucos, geralmente dos eram donos das terras. Os atenienses chamavam esse “governo dos gordos”.
  Tirania: governo de um homem que assumia o poder pela força. Frequentemente era apoiado pelo povo contra os aristocratas. 
Democracia: sistema no qual todos os cidadãos homens tomavam parte na elaboração das leis. Mulheres, crianças e escravos não eram considerados cidadãos. 

A História da Grécia Antiga estende-se por 1400 anos e costuma-se dividi-la em quatro períodos: Período Homérico, Período Arcaico, Período Clássico e Período Helenístico. 
  Período Homérico (1700 a.C. – 800 a.C.). O período mais antigo da História grega recebe esse nome porque os poucos conhecimentos que temos sobre ele foram transmitidos por dois poemas, a Ilíada e a Odisseia, atribuídos ao poeta grego Homero.
  Período Arcaico (800 a.C. – 500 a.C.). Esse período caracterizou-se pelo desenvolvimento das cidades-estados, pela emigração e pela fundação de colônias gregas em regiões longínquas. 
O território havia se tornado pequeno para atender o crescimento da população. Por isso, numerosos agricultores foram em busca de possibilidades de subsistência fora da Grécia, formando assim novas colônias gregas em diversas regiões do Mediterrâneo e do Mar Negro. 
Período Clássico (500 a.C – 338 a.C.). No século V a.C., sob o governo de Péricles, Atenas tornou-se a cidade mais importante da Grécia, e a civilização grega atingiu seu maior esplendor. Esse século considerado pelos historiadores a Idade de Ouro da civilização grega, ficou conhecido também como Séculos de Péricles. 
Nessa época as cidades gregas se uniram para enfrentar um perigo externo: o avanço dos persas, nas chamadas Guerras Médicas.
 Péricles sonhava em fazer de Atenas a mais bela capital do mundo. Foi nessa época, em Atenas, que se consolidou a ideia de que todos os homens adultos nascidos livres podiam opinar sobre a administração do Estado. Estava nascendo a Democracia. 
Período Helenístico (338 a.C. – 30 a.C.) Depois da Guerra do Peloponeso, a Grécia continua agitada por lutas entre as cidades-estados. Felipe, rei da Macedônia, aproveitou-se dessa situação e, em 338 a.C., dominou toda a Grécia. A Macedônia era um pais sem saída para o mar, situado ao norte da Grécia. 
O sucessor de Felipe foi seu filho Alexandre, o grande. Este, depois de sufocar uma tentativa de revolta em Tebas, conduziu seu poderoso exército de 40.000 homens para uma guerra contra Dario III, rei da Pérsia. Esmagou os persas na Ásia Menor (334 a.C.) e, em seguida, foi acolhido no Egito como libertador, pois, nessa época, o Egito estava sob domínio dos persas. Lá fundou Alexandria e tornou-se faraó. Encaminhou-se para a Mesopotâmia, apoderou-se da Babilônia, de Susa e de Persépolis. Levou a guerra também até a Índia, tendo submetido os príncipes indianos. 
Após a morte de Alexandre, em 323 a.C., seu gigantesco império foi dividido entre seus generais. Essa divisão acabou gerando constantes lutas que enfraqueceram o império e, dessa forma foram facilmente dominados por Roma. 

 Péricles define a democracia ateniense 
A constituição que nos rege nada tem de invejar à de outros povos; não imita nenhuma; ao contrário, serve-lhes de modelo. Seu nome é democracia, porque não funciona no interesse duma minoria, mas em benefício do maior número. Tem por princípio fundamental a igualdade. Na vida pública, a consideração não se ganha pelo nascimento ou pela fortuna, mas unicamente pelo mérito; e não são as distinções sociais, mas a competência e o talento que abrem o caminho das honrarias. Em Atenas, todos entendem de política e se preocupam com ela; e aquele que se mantém afastado dos negócios públicos é considerado inútil. Reunidos em Assembleia, os cidadãos sabem julgar corretamente quais são as melhores soluções, porque não acreditam que a palavra prejudique a ação e, pelo contrário, desejam que a luz surja da discussão.
 (De um discurso de Péricles, citado por Tucídides na obra História da guerra do Peloponeso, século V a.C. Extraído de: IDEL BECKER. Pequena História da civilização ocidental. 11ª Ed. São Paulo, Nacional, 1980. P. 127.)

 Atenas e Esparta
 Sempre houve grande rivalidade entre as cidades-estados da Grécia. A maior foi a que existiu entre Atenas e Esparta. As diferenças entre essas duas cidades eram muito grandes.
 Esparta era um Estado militar. Ali, todo cidadão do sexo masculino tinha de passar sua vida a serviço do exército, sendo todo o trabalho feito por escravos, chamados hilotas. O poder estava nas mãos da aristocracia formada pelos grandes donos de terras.
 Atenas, ao contrário, era uma democracia, em que todos os cidadãos podiam votar e assim participar do governo da cidade. Todos os homens livres eram cidadãos. Às vezes, o direito de cidadania era estendido aos estrangeiros. Em decorrência disso, em Atenas, a classe dos cidadãos era formada por pessoas de diferentes níveis sociais. 
O quadro a seguir dará uma ideia mais clara sobre as principais diferenças entre Atenas e Esparta.
 Atenas, engrandecida pelo importante papel que assumira na guerra contra os persas, organizou uma liga de cidades (Liga de Delos) para manter uma força naval permanente, a fim de garantir os gregos contra um novo ataque persa. A liderança ateniense não foi bem aceita. Na verdade, os atenienses manipulavam a liga em favor de seus próprios interesses econômicos. Uma disputa entre Atenas e Corinto, por questões de comércio marítimo, foi o pretexto que Esparta, entrando em defesa de Corinto, iniciasse uma guerra contra Atenas. As cidades dividiram-se, umas favoráveis a Atenas, outras a Esparta. Em 431 a.C. Atenas e Esparta e seus respectivos aliados empreenderam uma longa luta – a Guerra do Peloponeso. No final, Esparta saiu vitoriosa e tornou-se senhora das cidades gregas (404 a.C.).

A ARTE GREGA

  • A arte grega 
As façanhas dos deuses e heróis, em honra dos quais foram erguidos templos em todo o mundo grego, construíram os temas de quase todas as obras dos artistas gregos.
Os gregos destacaram-se principalmente na arquitetura. Houve três estilos arquitetônicos na Grécia Antiga: o dórico, caracterizado pela sobriedade das linhas e solidez das construções; o jônico, um estilo elegante e leve; e o coríntio, caracterizado por um capitel ornamentado em forma de folhas.
 O mais notável conjunto arquitetônico era o da Acrópole, em Atenas, mandado construir por Péricles.
 Na escultura, os gregos inspiraram-se nos temas rurais, nos sentimentos humanos, em cenas desportivas e demais aspectos da vida diária. Os escultores que se destacaram foram Fídias e Míron.
A pintura foi utilizada como arte decorativa da cerâmica, representando cenas mitológicas e costumes gregos. 
  •  A Literatura e o Teatro 
O mais importante poeta grego foi Homero, autor da Ilíada e da Odisséia. Outro grande poeta foi Hesíodo, autor de Teogonia, em que descreve a origem do mundo e a história dos deuses. Hesíodo escreveu ainda Os trabalhos e os dias, em que, além de descrever a situação social dos pequenos proprietários rurais da Grécia, transmite uma série de conselhos.
Entre os escritores gregos destacaram-se ainda Esopo, que escreveu fábulas, e Péricles e Demóstenes, autores de importantes discursos.
 O teatro foi, sem dúvida, uma das maiores realizações dos gregos antigos, e sua influência continua até hoje. Os gregos criaram dois gêneros teatrais: a tragédia e a comédia. Ambos os gêneros parecem ter nascido por ocasião das festas em louvor a Dioniso, deus do vinho. Os principais autores de tragédias foram: Ésquilo (525 a.C. – 456 a.C.); Sófocles (496 a.C. – 406 a.C); Eurípedes (480 a.C – 406 a.C.) e Aristófanes (450 a.C. – 338 a.C). 
  •  A Filosofia e a Ciência
 A Grécia foi a pátria dos primeiros grandes filósofos, cujo pensamento ainda hoje exerce considerável influência em nosso mundo. Sócrates, Platão, Aristóteles e outros filósofos gregos continuam presentes no pensamento ocidental contemporâneo.
 Na Grécia não havia distinção clara entre Filosofia e Ciência. Assim, muitos pensadores dedicavam-se ao mesmo tempo às especulações filosóficas e às observações científicas. Aristóteles, por exemplo, dedicou-se praticamente a todos os ramos do conhecimento: Botânica, Zoologia, Astronomia, Matemática, Física, Química e, no campo da Filosofia, foi o criador da lógica (ciência das leis e formas de pensamento correto); além disso, escreveu sobre Arte, Política, Ética etc.
No campo da História, destacaram-se Heródoto e Tucídides. Em sua obra História, Heródoto narrou a luta entre os gregos e os persas. Tucídides escreveu História da guerra do Peloponeso.
Na Medicina, temos Hipócrates, que começou a tradição médica procurando fazer, com objetividade, o registro de sintomas, libertando-se das práticas mágicas da medicina egípcia e babilônica. Na Matemática, sobressaíram Euclídes e Arquimedes, ambos do período helenístico.

OS DEUSES E HERÓIS GREGOS

Perseu - herói grego que matou a Medusa
  • Os deuses gregos 
Os gregos, ao contrário dos hebreus, eram politeístas. E, ao contrário das religiões orientais, especialmente a egípcia, a religião apresentava um grande número de deuses com aspecto humano. A única coisa que os diferenciava dos seres humanos era a imortalidade.
 Através dos tempos os gregos criaram narrativas e lendas a respeito de vários deuses. Essas narrativas e lendas, cheias de imaginação e fantasia, chamam-se mitos, e o conjunto dos mitos chama-se mitologia.
 Os deuses dos gregos estavam por toda parte: no céu, no mar, sobre a terra e nas profundezas da terra. No céu eles se agrupavam em torno de Zeus, principal deus, soberano do mundo, que reinava no monte Olimpo, a mais alta montanha da Grécia. Junto a Zeus encontrava-se Hera, sua esposa, deusa do casamento, da maternidade, das crianças e dos lares. Zeus, porém, teve muitas aventuras amorosas e, com isso, muitos filhos. Os principais foram: Atenas, deusa da inteligência, do trabalho e da guerra, divindade tutelar da cidade de Atenas; Afrodite, deusa da beleza e do amor; Ártemis, deusa da caça; Hermes, mensageiro dos deuses e protetor dos comerciantes e dos ladrões; Apolo deus da beleza, da verdade e das artes; Hefesto, patrono dos ferreiros. 

  •  Os heróis gregos
 Entre os deuses e os homens havia os heróis. Os gregos acreditavam nas origens de sua história viveram homens extraordinários que, na realidade, eram semideuses, pois haviam nascido de união de um deus com uma mortal ou vice-versa. Esses heróis distinguiram-se por ações extraordinárias, feitos e proezas que estavam acima da capacidade dos mortais.
Cada cidade grega cultuava a memória de um herói. Os atenienses, por exemplo, cultuavam Teseu, fundador de sua cidade. Atribuíam-lhe a pacificação do país, outrora cheio de salteadores. Atribuíam-lhe também a morte do Minotauro, um ser metade homem e metade touro.
 Heracles, Hércules para os romanos, foi o herói grego mais conhecido e amado. Filho de Zeus e de uma mortal, Alcmena, foi perseguido pela cólera de Hera. Ela obrigou-o a se colocar a serviço de seu primo Eristeu, que lhe impôs duras provas, das quais Héracles sempre saiu vencedor. Essas provas são conhecidas como “Os doze trabalhos de Hércules”.
Outro herói grego muito famoso foi Prometeu. Segundo a lenda, foi ele quem roubou o fogo de Zeus e ensinou os homens a usá-lo. Havia ainda Perseu, herói de Tirinto, que decepou a cabeça da Medusa, monstro que transformava em pedra quem a olhasse, e Édipo, herói de Tebas, que decifrou o enigma da esfinge, monstro com cabeça de mulher e corpo de leão. Contavam os gregos que no tempo de Édipo uma esfinge propunha enigmas aos viajantes, nas próximas de Tebas, e devorava quem não os decifrasse. Édipo conseguiu decifrar o enigma proposta a ele. O monstro, furioso, precipitou-se no mar.

GRÉCIA ANTIGA

domingo, 25 de março de 2012

A Civilização Chinesa


A civilização Chinesa
A civilização chinesa foi uma das primeiras da humanidade. Por volta de 3.000 a.C já havia algumas aldeias que viviam da agricultura, da pecuária e do artesanato. Tal como a Mesopotâmia, o Egito e a Índia, a China se desenvolveu nas margens de um rio, chamado rio amarelo ou Hoang-ho.
1- A formação de Estado Central
O primeiro grande rei que unificou a China foi Chi Huang-ti, foi ele que deu o nome ao grande país. Os chineses a chamavam de “Império do Centro”. Ele mandou construir a muralha da China, para evitar a invasão dos guerreiros mongóis, mas o que não evitou sua conquista pelo célebre Gênsis Khan.
Esse general brilhante conquistou grande parte da China e, em 1215, ocupou a cidade de Pequim (hoje, capital da China, também chamada de Beijing). De lá, Gêngis Khan levou seus exércitos para dominar a Ásia Central e uma parte da Pérsia.
2- A sociedade chinesa
A maioria das terras férteis pertencia ao Estado ou aos nobres latifundiários. Os camponeses trabalhavam em lotes de terra e eram obrigados a entregar grande parte do que produziam ao governo ou ao nobre, moravam em cabanas de palha e barro, comiam grãos contados de arroz. Nas cidades viviam os comerciantes e artesãos, eles também tinham uma vida difícil.
Os nobres viviam em palácios enormes, construídos com todo luxo e requinte. Esses palácios eram adornados com figuras de dragões feitas de ouro, vasos caríssimos de porcelana, cortinas de seda e muitos objetos de luxo.
3- A economia chinesa
A agricultura era a principal atividade da economia chinesa antiga. Por isso, os dois grupos principais da sociedade estavam ligados à terra: os camponeses e os nobres.
  • A base da atividade agrícola, ao norte, era o cultivo do painço, uma espécie de gramínea usada na alimentação humana e de animais domésticos. Também se cultivava cevada, arroz, trigo, melão, pepino, cebola e outros produtos. Destacavam-se também as culturas da amoreira, cujas folhas eram usadas como alimento para as criações de bicho-da-seda, e o cânhamo, utilizado na produção de tecidos.
  • Na China da dinastia Chou, havia também uma intensa exploração de madeiras e criava-se gado. No artesanato desse período, destacou-se a tecelagem da seda, atividade executada em geral pelas mulheres, e a fabricação de objetos de madeira e bronze.
4- A cultura chinesa
Os grandes inventores do papel, da pólvora e da bússola foram os chineses. Também foram eles que inventaram os estribos nos cavalos e, o carimbo de mão. Durante séculos, os europeus nem imaginavam essas coisas. Na Europa, só foram utilizar essas invenções por volta dos séculos XIII e XIV d. C.
Mesmo assim porque os árabes aprenderam com os chineses e depois ensinaram aos europeus, na Idade Média.
Oitocentos anos de o alemão Gutenberg inventar a imprensa, os chineses já esculpiam o texto num pedaço de madeira, mergulhavam na tinta e imprimiam sobre um papel muito fino. Como se fosse um carimbo.
Os chineses eram bons no teatro, na dança e na música. Suas pinturas feitas sobre rolos de seda eram famosas pelo cuidado artesanal. Os chineses amavam também a poesia, seus versos eram delicados e sutis.
A cultura chinesa influenciou muito os povos vizinhos. O Japão e a Coréia tinham sua própria cultura, mas absorveram muitas coisas dos chineses. 

 CURIOSIDADES:
  • Tao: o princípio de todas as coisas
No século VI a.C., o sábio chinês Lao-tsé escreveu o livro Tao- Te Ching. Nesse livro consta que o Universo inteiro é feito por dois princípios fundamentais: Yin e Yang.
Yin e Yang são princípios opostos. O Yin é o princípio feminino da realidade. Dessa forma, são Yin o frio, o molhado, o escuro, o ódio, o estático etc. O Yang é o oposto do yin. Ele é o princípio masculino: o quente, o seco, o claro, o amor, o dinâmico etc.
Lao-tsé ensinou que todas as coisas têm Yin e Yang. Quando a mistura é bem dosada, então existe equilíbrio. Esse princípio de harmonia Yin/Yang é o Tao. O Tao vale para tudo na vida: para um exército vencer a batalha, para a comida ser saudável, para a escolha das amizades, para curar uma doença, para trabalhar com disposição etc.

domingo, 11 de março de 2012

A Civilização Indiana



A civilização Indiana

1- Índia
Nas margens do rio Indo (atual Paquistão), por volta de 2.500 a.C, desenvolveu-se a primeira civilização de que se tem notícia na Índia.
Por volta de 1.500 a.C, pastores nômades semibárbaros, vindos da Ásia Central ou Norte da Europa, cuja língua é indo-européia, chamados arianos, vieram para o continente indiano, os invasores arianos (povos asiáticos de pele clara) dominaram o território indiano.
Ao chegar ao vale do rio Indus encontraram uma civilização muito antiga cujos habitantes eram os dravidianos. Os arianos invasores atacaram e destruíram esta civilização. Este povo fugiu para o Sul da Índia. Foram estes arianos que compuseram os Vedas em sânscrito e desenvolveram a grande civilização ao redor do rio Ganges.
Do encontro entre a cultura ariana e a antiga cultura dravidiana nasceu a cultura hindu (indiana).

2- O Período Védico 1500 a 500
O período védico iniciou se por volta de 1500 a.C. e durou até o século VI a.C. O Império Indiano formado era controlado pelos arianos. A língua falada na região passou a ser o Sânscrito, uma mistura da língua primitiva com a língua ariana. Os arianos se achavam superiores aos habitantes nativos da Índia.
Para se perpetuarem no poder eles escreveram os Vedas, os livros do conhecimento. Segundo o Vedismo, todas as pessoas ao nascerem já têm seus destinos determinados pelos deuses. Baseado nestes preceitos a sociedade indiana foi divida em classes, as chamadas castas.
Os vedas são distribuídos em rigveda, yajurveda, samaveda e atarvaveda. São 4 livros sagrados escritos em Sânscrito.
Hoje no mundo indiano existem milhares de castas, mas, no início da civilização existiam apenas 4.

3- A sociedade de castas
A sociedade indiana estava dividida em grupos sociais chamados de “castas”. Existiam castas ricas e importantes, e castas humildes e pobres. O sistema de castas era rígido e hereditário, tudo estava justificado pela religião hinduísta. Ficando assim a sociedade indiana:

  • Brâmanes- Pertenciam a elite. Vieram da cabeça de Brahma, exercem a função de sacerdotes do vedismo, responsáveis pelos ensinamentos das leis de Brahma;

  • Xátrias- Comandavam o exército. Oriundos dos braços de Brahma. Exercem a função de guerreiros e responsáveis pela liderança política;

  • Vaixás- Oriundos das pernas de Brahma. Exercem a função de comerciantes;

  • Sudras-  Vindos dos pés de Brahma exercem a função de camponeses, artesãos e operários, os servos;

  • Párias- A classe mais discriminada da sociedade hindu. São considerados intocáveis e conhecidos como Dalits.

4- A construção do Império indiano
 Quase tudo o que se conhece com segurança da situação política é que no decorrer do I milênio a.C. se estabeleceram 16 estados autônomos. Os reinos mais importantes foram Avanti, Vamsas e Magadha, que em meados do século VI a.C. se transformou no reino dominante. Durante o reinado de seu primeiro grande rei Bimbisara (543-491 a.C.), Buda e Vardhamana Jnatiputra ou Nataputta Mahavira, fundadores do budismo e do jainismo respectivamente, pregaram e ensinaram em Magadha.

No ano 321 a.C. Chandragupta tomou o controle de Magadha, fundou a dinastia Maurya de reis indianos, estendeu sua soberania sobre a maior parte do subcontinente e converteu o budismo na religião dominante. O poder centralizado não durou muito tempo. Durante séculos a Índia ficou dividida em vários reinos governados por rajás.

Em 500 a.C. 16 reinos foram formados na Índia, as chamadas Mahajanapadas. Foi neste período em que o Vedismo deu lugar ao Bramanismo, religião criada a partir dos Upanixades, os últimos livros do Vedismo. Outro acontecimento marcante foi o surgimento do Budismo.

Ao longo de sua história a Índia foi invadida por vários povos estrangeiros, cada um formando um Império no seu tempo.

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Império Persa



A civilização Persa
O planalto do Irã, região montanhosa e desértica, situada a leste do Crescente Fértil, entre a Mesopotâmia e a Índia, foi povoado pelos medos e pelos persas. Até o século VI a.C., os medos dominavam os persas. Em 550 a.C., o persa Ciro venceu os medos e fundou o Império Persa. Ciro conquistou um grande território, que compreendia a Ásia Menor e toda a Mesopotâmia. Os domínios persas foram ampliados por seus sucessores: Cambises, que conquistou o Egito em 525 a.C., e Dario I, que dominou a Ásia até o vale do Rio Indo e também uma pequena parte da Europa. 

1- Um grande rei e uma nova administração

Durante o reinado de Dario I, a Pérsia conheceu o apogeu.  Predominava a divisão em “satrápias”, governado e fiscalizada pelos satrápas, os “olhos e ouvidos do rei”. Além disso, Dário I determinou a construção de estradas ligando as cidades de Susa e Sardes. Por essas estradas passavam os correios reais, o exército e as caravanas de mercadores, era também utilizado o dárico, a moeda que estimulou o desenvolvimento comercial. Os povos dominados pelos persas podiam conservar seus costumes, suas leis, sua religião e sua língua. Eram obrigados, porém, a pagar tributos e a servir o exército persa. Dario tentou conquistar a Grécia, mas foi derrotado. Também seu sucessor Xerxes foi vencido pelos gregos. O Império Persa acabou sendo conquistado, em 330 a.C., Alexandre Magno, da Macedônia.

2- A religião e a arte

Os persas acreditavam em dois deuses sempre em luta entre si: Ormuz, deus do bem, e Arimã, deus do mal. O dever dos homens era o de praticar o bem e a justiça, para a vitória final de Ormuz.
Na arte, os persas sofreram forte influência dos egípcios e dos mesopotâmicos. Fizeram construções em plataformas e terraços, nas quais utilizaram tijolos maltados em cores vivas.