domingo, 6 de abril de 2014

As Invasões bárbaras e o Reino Franco

O fim do domínio romano sobre a Europa Ocidental se fez acompanhar de diversas transformações na maneira de viver do homem europeu. À decadência do escravismo seguiu-se a desagregação da sociedade de classes, do comércio e do Estado Imperial. Em seu lugar foi surgindo uma sociedade fundamentalmente rural, cuja produção visava unicamente a subsistência e dividia-se em unidades (feudos) dominados por um senhor. Estes senhores governavam suas propriedades de maneira pessoal, sem qualquer interferência dos reis, que não tinham qualquer poder político.
 Na construção do feudalismo, alguns agentes, entre muitos, destacaram-se: a expansão árabe e as invasões bárbaras.
  •  Os bárbaros 
Os romanos chamavam “bárbaros” a todos os povos que não estivessem dentro das fronteiras do seu Império. Estes povos se organizavam em função de sua subsistência. Sua economia baseava-se na caça, pesca e, principalmente nos “saques de guerra”. Organizavam-se em tribos. Cada tribo possuía um chefe e a terra era propriedade coletiva. Os bárbaros eram politeístas, cultuavam seus ancestrais e as forças da natureza como o trovão, que entre os germanos, era o deus Thor. Os bárbaros fixaram-se, na Europa, organizando diversos reinos, dentre os quais se destacou o Reino Franco. Os Francos eram um povo de origem germânica que se estabeleceu no território que corresponde à França atual. 

  •  O Reino dos Francos
 A primeira dinastia Franca foi a Merovíngia, sendo Clóvis seu fundador. Além de ampliar o território do reino, aliou-se a igreja, conquistando um grande poder. Seus herdeiros, porém, fragmentaram esse poder, favorecendo o fortalecimento dos grandes proprietários de terras, ou senhores feudais. Com isso, o poder real submetia-se ao poder dos senhores feudais. Diante da fragilidade do rei, eram seus ministros que usufruíam de prestígio, sendo chamados de “prefeitos do palácio”. O mais conhecido deles foi Carlos Martel, o qual bloqueou o avanço dos árabes na Europa, derrotando-os na Batalha de Poitiers, em 732 d.C. Pepino, o Breve, filho de Carlos Martel, derrubou o último rei da dinastia Merovíngia, inaugurou a dinastia Carolíngia. Este rei expandiu ainda mais as fronteiras do Reino Franco e concedeu à igreja um poder maior do que ela já desfrutava.

  •  O Império de Carlos Magno 
O mais conhecido monarca carolíngio foi Carlos Magno, que, além de anexar um vasto território ao Reino Franco, atuou no sentido de mantê-lo. Para isso, implementou uma reforma administrativa que auxiliou a manter-se informado sobre tudo o que ocorria no reino, mas também favoreceu o fortalecimento dos poderes locais. Preocupou-se em promover a vida cultural do império, através da criação de escolas. A morte de Carlos Magno, todavia, deu início ao processo Carolíngio, o qual desapareceu, em 843 quando foi assinado o Tratado de Verdun. 

 Referência: VICENTINO, Cláudio. História integrada: da pré-história à Idade Média: Brasil geral, 5ª série. São Paulo: Scipione, 1995. Pág. 112 a 119.

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