domingo, 8 de dezembro de 2013

CIVILIZAÇÃO ROMANA


     
Origem da civilização romana.

Diz a lenda que a cidade de Roma foi fundada por dois irmãos gêmeos, Rômulo e Remo, netos de Numitor, rei de Alba Longa. Na verdade isto é apenas lenda, o que se sabe é que, por volta de 800 a.C., Roma era constituída por povoações situadas próximas ao rio Tibre. A região era dominada pelos etruscos.
 A história de Roma dividiu-se em três períodos: Monarquia, República e Império. 
 
  •   Período monárquico
Durante o período monárquico, o rei tinha um poder quase absoluto, limitado apenas pelo Conselho dos Anciãos, ou Senado.
A sociedade romana, durante o período monárquico, achava-se dividida em quatro grupos: patrícios, plebeus, clientes e escravos.
Roma é dominada pelos etruscos (616 a.C.). E em 509 a.C. liberta-se do domínio etrusco. Os romanos derrubaram o último rei etrusco, Tarquínio, o soberbo, e fundaram a República.
  •   Período Republicano 
Com a passagem da monarquia para a república, ocorreu a transferência do poder dos etruscos para os patrícios romanos, que se transformaram na camada dominante de Roma. República é uma palavra de origem latina que significa “coisa do povo”. Em Roma, porém, as instituições políticas republicanas eram controladas pelos patrícios, por isso, a República romana era aristocrática.
 
A nova ordem política da república romana  

Quando Roma se tornou república, o poder do rei foi partilhado entre dois cônsules, que exerciam o poder por um ano. Um conselho de “trezentos cidadãos de origem patrícia” – o Senado – auxiliava os cônsules em seu governo e era responsável pelas finanças, pelos assuntos externos e promulgar as leis. 
Com o tempo, à medida que Roma se tornava maior e mais poderosa, aumentavam as diferenças entre ricos e pobres, ou seja, entre patrícios e plebeus.
Os patrícios concentravam em suas mãos o poder religioso, político e judiciário.  
Os plebeus só tinham deveres: pagar impostos, servir o exército etc. Além disso, os plebeus eram julgados por um tribunal composto unicamente por patrícios e segundo leis não escritas.  

 As lutas entre patrícios e plebeus
  
A crescente marginalização política, social e econômica da plebe desencadeou uma luta entre patrícios e plebeus, mesmo com a participação política dos plebeus – seu voto não valia tanto como o dos patrícios, pois o que valia era a riqueza que cada um possuía. Diante disso, os plebeus lutaram por seus direitos e conseguiram certa igualdade de como:
a) Tribunos da plebe: os plebeus conseguem o direito de eleger seus próprios representantes, chamados “Tribunos da plebe”.
b)    Lei das doze tábuas: definia por escrito, os direitos e deveres dos plebeus.
c)  Lei Canuléia: direito a igualdade civil, com a autorização do casamento entre patrícios e plebeus.
d) Igualdade política: com a conquista do direito de eleger seus representantes para as diversas magistraturas – os cônsules.
e)    O fim da escravidão por dívidas.

As conquistas romanas no período republicano

Apesar da luta interna entre patrícios e plebeus, os romanos conseguiram conquistar quase toda a Península Itálica. Após essa conquista, partiram para a conquista do Mediterrâneo. Roma conquistou a Grécia, a Ásia Menor, o Egito, todo o Mar Mediterrâneo, nas costas da Europa, da Ásia e da África.  Períodos das Guerras Púnicas: Roma e Cartago disputaram o controle do comércio no Mediterrâneo Ocidental.  
Primeira Guerra Púnica: vitória de Roma sobre Cartago. 
Segunda Guerra Púnica: Roma vence novamente Cartago. 
Terceira Guerra Púnica: Roma destrói Cartago e estabelece seu domínio no Mediterrâneo.

A luta dos camponeses por terra
 Os camponeses lutavam nas guerras mas não tinham direito a nada, e ainda perderam suas terras para os grandes proprietários. 
Com o aproveitamento dos prisioneiros de guerra como escravos, houve um grande de surto de desemprego.  
Os pequenos proprietários de terras, sem saída na disputa com a aristocracia latifundiária, viram-se obrigada a sair do campo para a cidade, foi o chamado êxodo rural.  
O êxodo rural provocou um inchaço populacional nas cidades romanas, causando um processo de proletarização dos plebeus sem emprego. 
Como consequência, a cidade de Roma passou a crescer desmedidamente, levando a tensão social a níveis insustentáveis. 
Dos territórios conquistados chegavam milhares de escravos, consolidando a economia escravista. Toda essa situação passou a caracterizar a crise da República Romana.
 
As reformas dos tribunos da plebe 
 
A guerra civil em Roma não tardou. Uma última tentativa de superação pacífica da crise foi proposta pelos irmãos Tibério e Caio Graco – Tribunos da plebe:
 
a)    Reforma Agrária: eles viam na distribuição de terras uma forma de superar a crise, satisfazendo as necessidades de uma plebe proletarizada.
b)     Lei Frumentáriaobrigava o Estado a vender pão e trigo a preços baixos para os pobres.
c)    Proposição de criar colônias fora da Itália para as famílias camponesas de Roma.

A aristocracia romana reagiu violentamente e mandou assassinar Tibério Graco e seus 500 partidários.
Caio Graco procurou levar adiante os programas defendidos por seu irmão, porém, os nobres reagiram novamente e enviaram soldados para assassiná-lo. Sentido a derrota inevitável, Caio ordenou a um escravo seu que o matasse.
Dessa maneira, os camponeses continuavam sem terra. Os ricos mais uma vez tinham levado a melhor. E levaram mais ainda quando Roma deixou de ser uma República para se tornar um Império.