Diz a lenda
que a cidade de Roma foi fundada por dois irmãos gêmeos, Rômulo e Remo, netos
de Numitor, rei de Alba Longa. Na
verdade isto é apenas lenda, o que
se sabe é que, por volta de 800 a.C., Roma era constituída por povoações
situadas próximas ao rio Tibre. A região era dominada pelos etruscos.
A história de Roma dividiu-se em três
períodos: Monarquia, República e
Império.
- Período monárquico
Durante o período monárquico, o rei tinha um
poder quase absoluto, limitado apenas pelo Conselho
dos Anciãos, ou Senado.
A sociedade
romana, durante o período monárquico, achava-se dividida em quatro grupos: patrícios, plebeus, clientes e escravos.
Roma é
dominada pelos etruscos (616 a.C.). E em 509 a.C. liberta-se do domínio
etrusco. Os romanos derrubaram o último rei etrusco, Tarquínio, o soberbo, e
fundaram a República.
- Período Republicano
Com a passagem
da monarquia para a república, ocorreu a transferência do poder dos etruscos
para os patrícios romanos, que se transformaram na camada dominante de Roma. República é uma palavra de origem
latina que significa “coisa do povo”.
Em Roma, porém, as instituições políticas republicanas eram controladas pelos
patrícios, por isso, a República romana
era aristocrática.
A nova ordem política da república romana
Quando Roma se tornou república, o poder do rei foi partilhado entre dois cônsules, que exerciam o poder por um ano. Um conselho de “trezentos cidadãos de origem patrícia” – o Senado – auxiliava os cônsules em seu governo e era responsável pelas finanças, pelos assuntos externos e promulgar as leis.
Com o tempo, à medida que Roma se tornava maior e mais poderosa, aumentavam as diferenças entre ricos e pobres, ou seja, entre patrícios e plebeus.
Os patrícios concentravam em suas mãos o poder religioso, político e judiciário.
Os plebeus só tinham deveres: pagar impostos, servir o exército etc. Além disso, os plebeus eram julgados por um tribunal composto unicamente por patrícios e segundo leis não escritas.
As lutas entre patrícios e plebeus
A crescente marginalização política, social e econômica da plebe desencadeou uma luta entre patrícios e plebeus, mesmo com a participação política dos plebeus – seu voto não valia tanto como o dos patrícios, pois o que valia era a riqueza que cada um possuía. Diante disso, os plebeus lutaram por seus direitos e conseguiram certa igualdade de como:
a)
Tribunos
da plebe: os plebeus conseguem o direito de eleger seus
próprios representantes, chamados “Tribunos da plebe”.
b)
Lei
das doze tábuas: definia por escrito, os direitos e deveres dos
plebeus.
c) Lei
Canuléia: direito a igualdade civil, com a autorização do
casamento entre patrícios e plebeus.
d) Igualdade
política: com a conquista do direito de eleger seus
representantes para as diversas magistraturas – os cônsules.
e)
O fim
da escravidão por dívidas.
Primeira Guerra Púnica: vitória de Roma sobre Cartago.
Segunda Guerra Púnica: Roma vence novamente Cartago.
Terceira Guerra Púnica: Roma destrói Cartago e estabelece seu domínio no Mediterrâneo.
A luta
dos camponeses por terra
Os camponeses
lutavam nas guerras mas não tinham direito a nada, e ainda perderam suas terras
para os grandes proprietários. Com o aproveitamento dos prisioneiros de guerra como escravos, houve um grande de surto de desemprego.
Os pequenos proprietários de terras, sem saída na disputa com a aristocracia latifundiária, viram-se obrigada a sair do campo para a cidade, foi o chamado êxodo rural.
O êxodo rural provocou um inchaço populacional nas cidades romanas, causando um processo de proletarização dos plebeus sem emprego.
Como consequência, a cidade de Roma passou a crescer desmedidamente, levando a tensão social a níveis insustentáveis.
Dos territórios conquistados chegavam milhares de escravos, consolidando a economia escravista. Toda essa situação passou a caracterizar a crise da República Romana.
As
reformas dos tribunos da plebe
a)
Reforma
Agrária: eles viam na distribuição de terras uma forma de
superar a crise, satisfazendo as necessidades de uma plebe proletarizada.
b)
Lei Frumentária – obrigava o Estado a
vender pão e trigo a preços baixos para os pobres.
c)
Proposição de criar colônias fora da Itália para as
famílias camponesas de Roma.
A aristocracia romana reagiu violentamente e mandou
assassinar Tibério Graco e seus 500 partidários.
Caio Graco procurou levar adiante os programas
defendidos por seu irmão, porém, os nobres reagiram novamente e enviaram
soldados para assassiná-lo. Sentido a derrota inevitável, Caio ordenou a um
escravo seu que o matasse.
Dessa maneira, os camponeses continuavam sem terra. Os
ricos mais uma vez tinham levado a melhor. E levaram mais ainda quando Roma
deixou de ser uma República para se tornar um Império.